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18 de Abril de 2024
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    Audiência debate violação de direitos humanos na Venezuela

    A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, presidida pelo deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), realizou nesta terça-feira, 17/5, audiência pública para debater o tema Violação dos Direitos Humanos na Venezuela. A convidada principal foi Lilian Adriana Tintori Parra, ativista venezuelana de direitos humanos, casada com Leopoldo López, líder oposicionista e coordenador nacional do partido Voluntad Popular, que se encontra preso. O governo de Nicolás Maduro acusa o líder político de incitação à violência durante os protestos realizados em 2014, que terminaram com vários mortos e um incêndio.

    Também participaram da audiência os deputados Hélio Nishimoto (PSDB) e Roberto Trípoli (PV), Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch para o Brasil, e o presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), Felipe Locke Cavalcanti. Entre o público, vários representantes da Ação Popular, movimento ligado ao PSDB.

    Laura Tintori falou sobre a prisão de seu marido e da resistência que lidera contra o regime venezuelano. Ela denuncia violação de direitos humanos e condições degradantes a que Leopoldo López está sendo submetido, desde fevereiro de 2014, na prisão de Ramo Verde, subúrbio da capital venezuelana, Caracas: isolamento, visitas restritas a familiares, cela sem iluminação, cortes do fornecimento de água, comida e medicamentos, maus-tratos e tortura.

    Relatou também que ela, seus filhos e família têm sofrido permanente perseguição, detenções arbitrárias, vigilância e invasão de sua privacidade, com câmeras e escutas em sua residência, operadas pelo aparato militar venezuelano. "Não há exagero. São fatos objetivos. Tivemos gente da família presa", disse ela. Tintori acrescentou que não são apenas ativistas políticos que estão presos. "Todos estamos presos", disse ela.

    A ativista destacou que a Venezuela é hoje o segundo país mais violento do mundo. Disse que, a cada 20 minutos, morre um venezuelano. Apontou também a crise de abastecimento e a profunda crise econômica por que passa o seu país. "Venho ao Brasil pedir que nos ajudem a parar a violação dos direitos humanos. Temos de libertar todos os presos políticos."

    Em setembro de 2015, Leopoldo López foi condenado a mais de 13 anos de prisão, a pena máxima para os crimes de que foi acusado. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, condenam a prisão de López e as motivações políticas que a sustentam. Apontam também o aparelhamento do sistema judiciário venezuelano para perseguir opositores do governo de Maduro.









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